Governo de Minas aponta investimentos na região
Circuito E-Minas destaca investimentos na região e o papel do associativismo no desenvolvimento econômico
A Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montes Claros e a Federaminas realizaram no último dia 9 de agosto, o Circuito E-Minas, o evento reuniu representantes do Governo de Minas e lideranças em um momento inédito para o desenvolvimento regional. Na oportunidade, representantes das associações comerciais de 10 cidades norte-mineiras conheceram as linhas de investimentos, as cadeias produtivas e mostraram os gargalos do Norte de Minas, que representa 9% do PIB estadual.
Os dados foram mostrados durante o painel entre Florence Sidney e Rodrigo Melo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), Thiago Magalhães Tavares, superintendente de micro e pequenas empresas do BDMG e João Paulo Braga, presidente do Invest Minas. A mediação ficou a cargo de Leonardo Vasconcellos, presidente da ACI, que destacou sobre o encontro ser um momento histórico para a entidade. “Esse é o primeiro evento realizado no novo prédio da Associação. Falar de desenvolvimento dentro desta nova casa do empresário, mostra que a ACI segue o ritmo da modernidade, com 71 anos de atuação, evoluindo com a cidade, sendo ferramenta de articulação e atração de negócios para todos”.
O presidente da Federaminas, Valmir Rodrigues, completa: “ter um ambiente como esse é exemplo para todo o Estado, que aqui seja palco de grandes eventos e pautas importantes. Montes Claros está no caminho certo, com o empresário tendo uma casa desse modelo não tem como dar errado. As oportunidades devem ser buscadas, as demandas provocadas e através do diálogo vamos fomentar o desenvolvimento não só que queremos, mas que de fato merecemos”.
Guilherme Guimarães, vice-prefeito de Montes Claros, fala que a associação se tornou uma grande potência na cidade, ele acredita que a entidade tem o importante papel de auxiliar no desenvolvimento da região. “A ACI tem muita importância também graças a todos que antecederam Leonardo Vasconcelos na gestão, que ajudaram a colocar Montes Claros no circuito nacional, com a Sudene, as indústrias, as universidades. Neste sentido, a prefeitura municipal junto com as entidades como a ACI, CDL, Sociedade Rural, mostra que estão alinhadas nos propósitos”. Guilherme comenta ainda que “a ACI se tornou referência no Norte de Minas e está no caminho certo indo atrás da desburocratização, gerando empregos e desenvolvimento para a região”.
Norte de Minas representa 9% do PIB estadual
As minas são muitas e priorizar a regionalização ajuda a direcionar investimentos. Montes Claros está no ranking de quarta melhor cidade para se morar no Estado. Para tanto, o papel das entidades de fomento é fundamental. João Paulo Braga, presidente do Invest Minas, participou do evento online e conversou com os participantes sobre atração de investimentos em Minas. Segundo João, nos últimos 3 anos de governo Minas recebeu R$236 bi de investimentos de grandes empresas multinacionais e nacionais.
Ele conta que o desenvolvimento econômico está diretamente ligado às associações comerciais do estado. “As empresas que buscam novas cidades para expandir, querem encontrar um ambiente de negócios favorável, uma cidade amigável e que tenha boa infraestrutura para se instalar e crescer por ali.”
O painel contou com a participação ativa do público e abordou diversas demandas do Norte de Minas. Florence Sidney, Diretora de Atração de Investimentos e Diversificação Econômica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, apresentou o programa Minas em Ação, que avalia as demandas das empresas, associações e sindicatos, e aciona o poder público para resolução de problemas.
Florence também explicou sobre o programa Sol de Minas, um projeto estratégico para fortalecer a energia fotovoltaica e expandir a energia renovável por Minas Gerais. Com esse programa o governo promove a capacitação para os gestores municipais e promove a melhoria do ambiente de negócios para as cidades.
“Minas se destaca pela atração de investimentos, nos últimos três anos e meio foram 237 bilhões de reais, gerando 300 mil empregos diretos e indiretos. No Norte de Minas, que é responsável por 9% de toda a riqueza do estado, a região teve 43 bilhões em investimentos, que resultaram em mais de 16 mil empregos. Neste cenário, Montes Claros, de acordo com Invest Minas, se destaca nos segmentos de fármacos, agronegócios, biotecnologia e no transporte ferroviário com o Drip intermodal - um megadistrito rodoferroviário em Montes Claros - totalizando 813 milhões de reais atraídos neste período”.
Montes Claros é a terceira cidade que mais gera energia solar no Estado, fica atrás apenas de Belo Horizonte e Pirapora e tem mais investimentos por vir neste setor de energia fotovoltaica. “Na região, foram 39 projetos desde 2019 até o primeiro semestre deste ano, gerando 17 mil empregos diretos e indiretos. Somente os projetos implantados somam 23 bilhões e ainda temos outros com protocolo de intenção assinados”, explica Florence.
Rodrigo Melo, Superintendente de Desenvolvimento de Potencialidades Regionais, também da Secretaria de Desenvolvimento, afirma que “o crescimento econômico deve ser bem distribuído para todas as regiões de Minas. Cada município tem sua particularidade e os representantes precisam dialogar com o poder público e reivindicar suas riquezas, que são importantes para o crescimento econômico.”
Thiago Magalhães, superintendente do BDMG, comenta que as micro e pequenas empresas são um dos pilares mais relevantes para o banco. De acordo com Thiago, o BDMG recebeu diversas solicitações de crédito do Norte de Minas, o que tornou a região com o maior volume de demandas no estado. “Devido às fortes chuvas no início do ano, o banco estabeleceu uma linha de crédito para auxiliar os empresários a se reerguer após esse momento difícil”.
Encontro de líderes e gestores das associações comerciais
Seguindo com a programação, o representante do Sebrae na região Norte, Jadilson Borges conversou com os líderes das ACEs sobre liderança associativista. Jadilson acredita que “o movimento associativista é sobre qualidade e não quantidade. Gente que tem propósito e disposta a buscar soluções e compartilhar suas experiências, seu conhecimento. Deste grupo de pessoas que associações de classe são formadas. Agregando quem tem o desejo de construir algo para a coletividade. Precisamos de ter eficiência, eficácia e transformação para dar resultados nas entidades de classe, pois devemos pensar em qual impacto causamos nas pessoas que estão sendo representadas”.
Para Jadilson, “a importância dos líderes é fundamental, a sociedade precisa de pessoas que nos ajudem a resolver problemas e estarem dispostas, sentimento inerente aqueles que atuam com o associativismo. Acredito que a liderança associativista é sobre unir forças e buscar os melhores resultados para a classe econômica e o desenvolvimento econômico”, pontua.
Logo após, Duda Torres, gestora de projeto da Federaminas, apresentou o edital do Programa Empreender, tirando as principais dúvidas do público. No dia 16 de agosto, a Federaminas vai realizar a capacitação referente à metodologia do Empreender e também será feita uma oficina de elaboração de projetos. O presidente da Federaminas, Valmir Rodrigues, apresentou o portfólio de produtos da Federaminas junto do gestor comercial da Federaminas, Haenderson Sena.
Arley Lopes Ruas, da ACIJAN, tem 540 associados em 38 anos de atuação, para ele este evento cria o sentimento de pertencimento. “Conversar com outras associações e ouvir a Federaminas, o Sebrae, nos ajuda a desenvolver ações em prol dos associados”. Tárcio Brito, é diretor da ACI de Porteirinha, que possui 250 associados, incluindo MEI,s, ele conta que sempre está sempre em busca de conhecimento e network. “Gostei da declaração do vice-prefeito de Montes Claros, que apontou que Montes Claros tem a fama de capital do mel, pequi, carne do sol, mas os insumos vêm de outros locais. Daí a importância de reconhecer e cuidar da região como um todo, pois uma cidade não se torna capital sozinha”.
Valmir Rodrigues finalizou o Circuito e-Minas em Montes Claros dizendo que “temos a proposta de ouvir a realidade de cada região, colocar interlocutores do governo para trazer informação e levar demandas. Tudo com muita leveza, mesmo em temas delicados, com problemas antigos, assim as associações comerciais fomentam o diálogo e a busca por soluções”.
FALE COM A GENTE
Siga-nos